terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Estudo de caso de aluna com deficiência intelectual


ESTUDO DE CASO DE UMA ALUNA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL INCLUÍDA EM SALA COMUM DO ENSINO REGULAR


Autora: Maria Auxiliadoura Freire Bezerra

Resumo: Este artigo apresenta um estudo de caso que enfoca as dificuldades e potencialidades nos aspectos do desenvolvimento e aprendizagem de uma aluna com deficiência intelectual incluída em sala de aula do ensino regular, e baseia-se na sustentação da inclusão como fundamento para uma educação de qualidade permeando todos os âmbitos da vida escolar. Parte-se da análise dos dados coletados para clarificar o problema da aluna no desenvolvimento cognitivo, psicomotor, social e afetivo, identificado durante a realização da pesquisa dentro do seu contexto social, baseando-se na sua forma de interagir com o ambiente escolar, familiar e na sala de aula. Com o propósito de solucionar o problema do caso em estudo, buscou-se detalhar as necessidades da aluna, que reside no desenvolvimento cognitivo e na motricidade fina e, por sua vez, devem ser superadas, partindo do pressuposto de que o seu êxito depende de práticas e atitudes inclusivas, mediadas pelo professor de Atendimento Educacional Especializado- AEE.

Palavras-chave: Deficiência intelectual; inclusão; Atendimento Educacional Especializado.

Introdução

A política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular; transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até a educação superior; oferta do atendimento educacional especializado; formação de professores para o atendimento educacional e demais profissionais da educação para a inclusão; participação  da família e da comunidade; acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação; e articulação intersetorial na implantação das políticas públicas.
Com o propósito de desenvolver um trabalho voltado para a inclusão do aluno com Deficiência Intelectual, parte-se do pressuposto de que todas as crianças aprendem juntas independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter.

Proposição do caso

O estudo de caso é de uma aluna com nove anos de idade, que iniciou sua vida escolar aos três anos em uma turma de Maternal numa escola particular. Estudou em escolas de ensino particular, já que a mãe procurava uma escola que atendesse às necessidades da sua filha.
Foi matriculada, em 2011, em uma escola da Rede Municipal na cidade de Petrolina – PE, e está cursando o 4º ano (3ª Série) em sala regular do Ensino Fundamental. E mesmo frequentando a escola há 06 anos, ainda não lê e não escreve.
A aluna apresenta Deficiência Intelectual e tem crises de epilepsia (CID G 40.2 e F 71) diagnosticada pela Neuropediatra em 09 de Fevereiro de 2011, e é acompanha pela mesma profissional de saúde desde  pequena, em uma clínica particular. A aluna corre com dificuldade, porque está desenvolvendo um atrofiamento nos pés e não consegue se equilibrar.
Cristina Abranches Mota Batista e Maria Teresa Eglér Mantoan, em seu texto “Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental” (2007), apontam que a deficiência mental não se esgota na sua condição orgânica e/ou intelectual e nem pode ser definida por um único saber. “Ela é uma interrogação e objeto de investigação de inúmeras áreas do conhecimento”.       
No caso da aluna, percebe-se que a mesma colabora na realização das tarefas proporcionadas em sala de aula e no Atendimento Educacional Especializado - AEE, porém, necessita de uma atenção direta e um estímulo constante, porque demonstra uma grande insegurança durante o desenvolvimento das atividades; entretanto, quando as instruções dadas pelas professoras são claras e precisas em relação a atividade proposta se ajustam às suas possibilidades e a aluna consegue corresponder ao que é solicitado.
No desenvolvimento cognitivo, a aluna demonstra pouca capacidade de raciocínio e, quanto aos conceitos matemáticos, apresenta dificuldades na construção da ideia de números e de classificação, o que deixa a sua capacidade de abstrair, ordenar e compreender os fatos matemáticos  comprometidos. Seu pensamento lógico-matemático é concreto. Na tentativa de resolução de um problema simples, responde com base em tentativas e erros.
Consegue compreender instruções e desenvolver atividades ligadas a vida diária, mas apresenta dificuldades em assimilar as explicações mais complexas, principalmente quando são dadas por escrito. Com tudo, consegue se concentrar e participar das atividades que demandam regras, como os jogos e brincadeiras coletivas, como também tem uma boa articulação na linguagem e se expressa com fluência.
No desenvolvimento psicomotor, apresenta na área da motricidade global dificuldades no equilíbrio que foram demonstradas através de brincadeiras, nas quais exigiam movimentos mais complexos. Na motricidade fina, mesmo utilizando o lápis, percebe-se claramente a sua dificuldade com o traçado das letras e dos desenhos. Já consolidou as noções de direita e esquerda e consegue se localizar no espaço, porém, apresenta dificuldades com noções de tempo e idade. Observa-se, também, uma considerável dificuldade quando lida com noções de tamanho, cor e forma.
Quanto ao desenvolvimento social e afetivo, ela mantém um bom relacionamento com seus colegas, professores e demais funcionários da escola. Reage com reprovações diante de alguma mudança, como por exemplo, a troca de professor, recusando, inicialmente, a presença do novo professor, mas depois de algum tempo de contato estabelece uma relação de apego e demonstra um nível de autonomia com iniciativas para dialogar sobre assuntos que lhe interessam naquele momento. Apresenta, porém, uma alteração de humor momentânea quando algo não lhe agrada. Interage com todos os alunos da escola, especialmente com os colegas de sala e se envolve nas brincadeiras durante o recreio.
No contexto familiar, a aluna apresenta uma predileção por brincadeiras com a irmã mais nova e por televisão, principalmente, os desenhos animados e anúncios, contudo, demonstra ciúmes da irmã e não aceita que a mesma pegue algum brinquedo ou material que lhe pertença.
No contexto escolar, sente-se segura e bem acolhida. A escola é acessível e a sala de aula ventilada e espaçosa, como estuda no período da tarde isso lhe dá um conforto maior.
Na sala de aula regular, a professora costuma trabalhar com as carteiras em semicírculo o que facilita o ensino aprendizagem, uma vez que a ambiência é fundamental para o favorecimento de práticas inclusivas.
No que se refere à saúde e desenvolvimento físico, a aluna apresenta crises de epilepsia que vêm sendo controladas através de medicação com indicação da neuropediatra que faz o seu acompanhamento. Quanto ao desenvolvimento físico da aluna percebe-se que está compatível com a sua idade.
Em sua aprendizagem, a aluna apresenta dificuldades na leitura e escrita, porém, consegue fazer leitura de imagem com determinação e, a partir da sequência de imagens ou ilustrações, interpreta o conteúdo de um texto simples. Identifica personagens de filmes em desenhos, participa de situações de comunicação quando está em grupo, compreendendo relatos breves, como também, demonstra interesse por histórias e pequenos contos. Identifica algumas letras e consegue escrever seu primeiro nome sem ajuda. Faz cópia de um livro para seu caderno (se este estiver próximo a ela). Conhece alguns números e algumas cores.

A Deficiência Intelectual
Deficiência Intelectual é o termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações adaptativas em pelos menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida do lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho). (Revista Nova Escola, edição especial nº 24, julho, 2009, p. 21).
É importante observar que mesmo apresentando limitações, as pessoas com Deficiência Intelectual mostram-nos alternativas que sugerem o desenvolvimento de um novo olhar, principalmente nos aspectos relacionados à aprendizagem e ao seu desenvolvimento.
Um ponto fundamental que se deve ter em mente em relação ao aluno com deficiência intelectual é que a idade cronológica deve ser respeitada, porque o que se presencia nas escolas e pesquisas é a valorização da idade mental do aluno. 
Novas propostas de trabalho pedagógico diante da Deficiência Intelectual vêm sendo colocadas em prática, através das contribuições de documentos oficiais e profissionais que se dedicam a causa.           

Compreensão sobre a Deficiência Intelectual
No documento apresentado pelo Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Especial, hoje, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), que foi intitulado Educação Inclusiva – Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Intelectual (Mental), está escrito que a deficiência intelectual (mental), constitui um impasse para o ensino na escola comum e para a definição do seu atendimento especializado, pela complexidade do seu conceito e pela grande quantidade e variedades de abordagens existentes.
O diagnóstico na deficiência intelectual (mental) não se esclarece por uma causa orgânica, nem tão pouco pela inteligência, sua quantidade, supostas categorias e tipos. Tanto as teorias psicológicas desenvolvimentistas, como as de caráter sociológico, antropológico têm posições assumidas diante da condição mental das pessoas, mas ainda assim, não se consegue fechar um conceito único que dê conta dessa intrincada condição. (MEC, SEESP, 2006, p. 10).

Inclusão do Aluno com Deficiência Intelectual no Ensino Regular
 A inclusão da pessoa com deficiência intelectual na sala regular, ainda é um grande entrave nas escolas comuns.  A constituição Federal determina que deve ser garantido a todos os educandos o direito de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um (art. 208, V) e que o Ensino Fundamental – completo – é obrigatório. Com isso, todos os alunos devem ser acolhidos nas suas peculiaridades nas escolas, mas, infelizmente, não é isso que acontece nas escolas brasileiras, principalmente com o aluno que apresenta Deficiência Intelectual.
 O propósito da Política da Educação Inclusiva nas escolas de ensino regular, do aluno que apresenta deficiência, visa não somente a sua permanência física, mas, sobretudo, de proporcionar às escolas a condição de rever suas concepções e paradigmas, valorizando e respeitando a diversidade existente no seu contexto educacional e criando espaços inclusivos que atendam a todos.

Atendimento Educacional Especializado para os Alunos com Deficiência Intelectual
Segundo a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva Inclusiva SEESP/MEC (2008), o Atendimento Educacional Especializado – AEE é um serviço da educação especial que [...] identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
Uma das condições para o sucesso da inclusão escolar dos alunos com deficiência é, sem dúvidas, o AEE oferecido nas escolas regulares, no espaço destinado para esse fim que são as Salas de Recursos Multifuncionais, que segundo o documento Sala de Recursos Multifuncionais: espaço para o atendimento educacional especializado (MEC/SEESP, 2006, p. 13), declara que:

As Salas de recursos multifuncionais são espaços da escola onde se realiza o atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar.

O aluno com deficiência intelectual recebe o atendimento no espaço da sala de recursos que lhe favorece as condições para usufruir dos recursos disponibilizados para que possa construir o seu conhecimento dentro do contexto educacional com a mediação do professor especializado.

A Aprendizagem da Leitura e da Escrita por Alunos com Deficiência Intelectual
Segundo Rita Vieira e Adriana Limaverde, na coletânea “Atendimento Educacional Especializado  - Deficiência Mental” (2007, p. 47), sobre o processo de aprendizagem “os processos de aprendizagem da leitura e da escrita por alunos com deficiência Mental (Intelectual) são semelhantes aos daqueles considerados normais sob muitos aspectos. Esses aspectos dizem respeito ao letramento, à dimensão desejante, às expectativas do entorno, ao ensino e às interações escolares”.
A aprendizagem da leitura e da escrita se dá a partir da ação do aluno, quando ele é desafiado a criar hipóteses e, assim, descobrir o amplo universo da leitura e da escrita dentro de um contexto significativo. Deve-se levar em consideração que o aluno com Deficiência Intelectual aprende a partir da mediação das interações e intervenções específicas, por conta da sua limitação na capacidade de memorizar e abstrair. 
É pertinente na aprendizagem da leitura e da escrita do aluno com deficiência intelectual as interações nos diferentes ambientes sociais em que ele está inserido. Sabe-se que o aluno responde positivamente quando o aprendizado é realizado nos grupos sociais. Segundo a teoria de Vygotsky 2001, enquanto maior for a valorização do contexto sócio cultural do aluno e de seus níveis de elaboração de conhecimentos, maior será a sua aquisição no processo de ensino aprendizagem.

Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem do Aluno com Deficiência Intelectual
Para avaliar o aluno com Deficiência Intelectual é primordial buscar o conhecimento nas suas características, nas quais apresentam dificuldades que interferem no desenvolvimento e em seu processo de aprendizagem, com o objetivo de identificar a ajuda e os recursos necessários para que tenha sucesso na aprendizagem. Com isso, a avaliação deve ser ampla e equilibrada, levando em consideração as suas potencialidades e dificuldades.o documento expõe (MEC, SEESP, 2006, p. 15):

A avaliação dos alunos com deficiência mental visa ao conhecimento de seus avanços no entendimento dos conteúdos curriculares durante o ano letivo de trabalho, seja ele organizado por série ou ciclos. O mesmo vale para os demais alunos, para que não sejam feridos os princípios da inclusão escolar. A promoção automática exclusiva para alunos com deficiência mental constitui uma diferenciação pela deficiência, o que caracteriza discriminação. Em ambos os casos, o que interessa para que um novo ano de estudos se inicie é o quanto o aluno com ou sem deficiência, aprendeu no ano anterior, pois nenhum conhecimento é aprendido sem base no que se conheceu antes.

A avaliação nas escolas é vista de uma maneira geral como resultado final que visa à promoção ou retenção do aluno que não atingiu às competências necessárias para a série seguinte, isto é, tem fins meramente classificatórios, e esquece de levar em conta o que se quer realmente que o aluno aprenda, quais os objetivos planejados para que esse aluno atinja, partindo do pressuposto que ele tem limitação no seu desenvolvimento e aprendizagem, e que vai aprender de uma forma mais lenta.
Segundo Tereza Esteban (Revista Nova Escola, julho 2009),  “o educador não pode apenas procurar o que está errado no aluno. O importante é verificar o que ele foi capaz de aprender”. Assim, é importante voltar-se para uma avaliação de atitudes, de modo que privilegie elementos fundamentais para o crescimento do aluno com deficiência intelectual.
As metodologias e as estratégias utilizadas pelo professor são relevantes para o caminho da qualidade do ensino aprendizagem, dentro de uma concepção processual e formativa, com a utilização de vários instrumentos, habilidades cognitivas e critérios avaliativos, o professor poderá avaliar a aprendizagem dos seus alunos de forma dinâmica, respeitando o processo de construção de significados de cada um.
O registro da prática é entendido como uma possibilidade de articulação entre o ensino e a aprendizagem, levando em consideração que a avaliação precisa ser compreendida como um instrumento de compreensão em relação aos conceitos estudados e habilidades desenvolvidas pelos alunos. Esse registro ou anotação deve ser diária, utilizando-se de recursos eficientes que valorize todos os momentos de aprendizagem, isto é, da trajetória de aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, Cristina Abranches Mota & MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Educação Inclusiva: atendimento educacio­nal especializado para a deficiência mental. Brasília: MEC/SEESP. Brasília/DF, 2005.

______. Educação Inclusiva: atendimento educacio­nal especializado para a deficiência mental. [2. ed.], Brasília: MEC/SEESP, 2006.

______.Atendimento Educacional Especializado – Deficiência Mental. SEESP/SEED/MEC. Brasília/DF, 2007.

BRASIL, Ministério da Educação. Educar na Diversidade: material de formação docente. 3.  Ed. / edição do material de Cynthia Duk. Brasília: [MEC, SEESP], 2006.

BRASIL, Ministério da Educação / Secretaria da Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Educação escolar de deficientes mentais: problemas para a pesquisa e o desenvolvimento. Caderno CEDES [online]. 1998.

REVISTA NOVA ESCOLA, São Paulo – SP: Fundação Victor Civita, edição especial nº 24, julho, 2009.

VYGOTSKY, Lev  S. Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
________________Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

8 comentários:

  1. Ótimo material, cosegui entender com mais claresa, como trabalhar o aluno com DI, obrigadap

    ResponderExcluir
  2. Sem comentários! Finalmente encontrei material para o resto da vida!!!!

    ResponderExcluir
  3. boa matéria para apresentar aos alunos da colegio zona norte sp , incrivel o conteudo, muito top, estão de parabéns!

    ResponderExcluir
  4. Excelente,a inclusão ,ainda seria utopia,mas se procurarmos estudar ecolocar em prática ,com os nossos alunos,poderemos amenizar essa realidade.todos os dias para mim 'e um aprendizado.sou especialista em neuropsipedagogia e a maioria dos meus alunos são deficientes intelectuais.e o erro que encontro no relato dos colegas da sala regular,que para eles todos são iguais.portanto,precisamos estudar constantemente para ajudar quem tem condição diferente,e nos adaptarmos e não eles a gente.não existe essa desculpa de não saber lidar.chegou na Escola a responsabilidade Será de todo.

    ResponderExcluir
  5. Excelente material me ajudou muito parabéns...

    ResponderExcluir
  6. Bom dia, professora. Excelente abordagem sobre o tema, mas se me permite ponderar, de que formas (na prática) foram eliminadas as barreiras dessa aluna descrita no caso? Gilson Gonçalves

    ResponderExcluir
  7. Como estou iniciando na área de educação especial, gostaria de trocar experiências: E-mail: prfgilson@gmail.com

    ResponderExcluir